Toc, toc...
-Com licença, é a Sara. Posso entra, senhora?
-Pode sim! -Paula respondeu ainda meio adormecida.
-O marido da senhora está no telefone.
-Ah, sim! Obrigada, já vou atender, pode se retirar.
Sara deixa o telefone na cabeceira da cama e sai do quarto. Após alguns segundos Paula atende o telefone:
-Oi, meu amor! Tudo bem?
-Tudo, e como andam as coisas por ai? -Fernando pergunta apressado.
-Eu estou bem. E a viajem como está? -Paula tenta parecer mais animada possível.
-Eu quero saber da empresa? Como está os negócios?
-Ah, ta! Desculpa, achei que você estava falando de mim. Está ótima, estamos fechando ótimos negócios.
-Ótimo, se tudo der certo eu viajo de volta depois de amanhã.
-Tudo bem, eu vou te pegar no aeroporto, estou morrendo de saudades.
-Não precisa se preocupar, não quero atrapalhar, pego um táxi.
-Não, eu faço questão quero muito te ver!
-Eu já disse que não precisa! Agora tenho uma reunião, tchau.
Apesar de serem casados há algum tempo, Paula amava Fernando como se fossem recém casados. Mas Fernando tinha mudado muito com o passar dos anos. Já não parecia estar tão apaixonado por ela. Isso fazia Paula pensar se ele já não a teria traído. Como ela não queria ter filhos, ele poderia formar uma família com outra, que quisesse dar o que Paula não estava disposta.
continua...
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